No último domingo, aos 89 anos, faleceu em Lima o renomado escritor peruano Mario Vargas Llosa, uma das maiores referências da literatura latino-americana. A notícia foi confirmada pelo seu filho nas redes sociais.
Segundo a publicação, Vargas Llosa partiu “pacificamente” e rodeado pela sua família. Seu filho expressou que embora sua ausência entristeça parentes, amigos e leitores em todo o mundo, todos podem encontrar consolo no fato de que ele teve uma vida longa, cheia de aventuras e deixou para trás uma obra imortal.
Damos com grande pesar a notícia do falecimento de nosso pai, Mario Vargas Llosa, em Lima, cercado pela família.@morganavll pic.twitter.com/c6HgEfyaIe
— Álvaro Vargas Llosa (@AlvaroVargasLl) 14 de abril de 2025
A família informou que não haverá cerimônias públicas de velório, preservando a privacidade para despedidas íntimas. Atendendo ao seu desejo, o corpo do autor será cremado.
Lenda do Nobel de Literatura
Galardoado com o Prêmio Nobel de Literatura em 2010, Varga Llosa é reverenciado como um dos gigantes literários da sua época, deixando uma extensa obra, incluindo clássicos como “Tia Julia e o Escrevinhador”, “Conversas no Catedral” e “A Festa do Bode”.
Nascido em 1936 em Arequipa, Peru, filho de uma família de classe média, mudou-se para Paris em 1959, onde iniciou sua célebre carreira literária. Sua consagração veio com o lançamento de “A Cidade e os Cachorros” em 1963, seguido de sucessos como “Conversas no Catedral” em 1969.
Ao lado de Julio Cortázar e Gabriel Garcia Marquez, Vargas Llosa fez parte do movimento literário conhecido como “boom” latino-americano. Divergindo de seus contemporâneos mais à esquerda, o autor se distinguiu por suas perspectivas liberais e alinhadas à direita.
Em uma palestra em Montevidéu, Uruguai, em 2022, o escritor comentou sobre a situação política do Brasil, manifestando preferência pela vitória do então candidato Jair Bolsonaro em detrimento de Luiz Inácio Lula da Silva.
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