A morte de crianças em decorrência de desafios perigosos disseminados na internet tem suscitado debates sobre a regulamentação das plataformas digitais, a presença de menores de 13 anos nas redes sociais e a responsabilidade dos pais no controle do conteúdo acessado por seus filhos.
Um dos principais desafios apontados por especialistas é a limitação efetiva da presença de crianças nas redes sociais, uma vez que muitas plataformas exigem apenas uma autodeclaração de idade, facilitando o acesso a conteúdos prejudiciais.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública está desenvolvendo uma ferramenta de verificação de idade que visa restringir o acesso de menores a conteúdos inadequados, além de elaborar um projeto de responsabilização dos provedores de internet.
A juíza Vanessa Cavalieri enfatiza a necessidade de moderação ativa de conteúdo nas redes sociais, propondo a contratação de moderadores para monitorar e remover conteúdos nocivos, destacando a importância da aprovação de leis que responsabilizem as plataformas digitais por danos causados.
Pesquisadores alertam para a pressão e chantagem que jovens sofrem em ambientes online, ressaltando a importância de compreender as relações estabelecidas e plataformas utilizadas pelos jovens.
A diretora da Safernet, Juliana Cunha, destaca que menos da metade das redes estaduais de ensino médio no Brasil oferecem disciplinas sobre o uso seguro de tecnologias, apontando que as redes sociais são parte de um ecossistema que envolve fatores culturais, sociais e familiares.
Em contexto de orientações para um consumo saudável das redes, o controle do tempo de exposição das crianças a telas e a escolha adequada dos dispositivos são medidas essenciais preconizadas pelo Guia Sobre Uso de Dispositivos Digitais do governo federal.
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