‘Espionagem da Abin reabre velhas feridas e retoma à guerra’, diz presidente do Paraguai 

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O presidente do Paraguai, Santiago Peña, expressou indignação com a espionagem realizada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra autoridades de seu país, relembrando feridas históricas e destacando o impacto da guerra do Paraguai. Ele ressaltou a importância de superar as tensões do passado, buscando construir relações de amizade e respeito mútuo. Peña enfatizou a gravidade do episódio de espionagem e exigiu esclarecimentos sobre suas consequências, ressaltando a necessidade de uma investigação interna.

Durante a guerra da Tríplice Aliança, o Paraguai sofreu uma devastação massiva, resultando na morte de milhares de civis, crianças, mulheres e idosos, enquanto o Brasil, Argentina e Uruguai emergiram vitoriosos. O presidente paraguaio considerou a espionagem da Abin como uma notícia perturbadora, evidenciando preocupação com atividades de inteligência de um país vizinho. Apesar de seu relacionamento positivo com Luiz Inácio Lula da Silva, Peña ressaltou que a questão transcende questões pessoais, representando um desafio de Estado.

A reação do governo paraguaio à espionagem foi firme, com a abertura de uma investigação interna e a busca por explicações detalhadas. A administração de Lula, por sua vez, buscou se distanciar das ações da Abin, destacando a suspensão da operação assim que tomou conhecimento da mesma. Este incidente representa o segundo choque diplomático entre os dois países, gerando tensões em meio a negociações sobre a Itaipu Binacional e a candidatura paraguaia à diretoria da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Santiago Peña lamentou a influência de ideologias e preconceitos na esfera diplomática, ressaltando a importância de relações baseadas em amizade e cooperação. O presidente paraguaio enfatizou a busca por um Mercosul mais unido e sólido, longe de ressentimentos históricos e conflitos regionais. O caso da espionagem da Abin serviu como um alerta para reforçar a transparência e confiança mútua entre os países da região.

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