Bruno Barral, ex-secretário de Educação de Salvador, é um dos alvos da terceira fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (3).
Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Um servidor público teve ordem de afastamento cautelar de suas funções.
Barral, atualmente atuando como secretário de Educação em Belo Horizonte, foi afastado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da operação. Sua nomeação na capital mineira ocorreu em abril do ano passado, em articulação com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
Investigações revelam que o esquema criminoso atingiu o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), entre outros órgãos públicos apoiados pela organização criminosa. Recursos públicos de emendas parlamentares e convênios eram direcionados para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, por meio de obras superfaturadas e desvios financeiros.
A estimativa é que a organização tenha movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos. Os crimes investigados abrangem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Essas revelações enfatizam a gravidade e extensão do esquema corrupto desmantelado pela Operação Overclean, evidenciando a urgente necessidade de combater efetivamente a corrupção e garantir a integridade e transparência na gestão pública. A sociedade espera por justiça e punição rigorosa aos responsáveis por tais atos ilícitos.
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