O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu seu voto no dia de hoje para condenar Débora Rodrigues do Santos, a mulher responsável por pichar a estátua próxima ao tribunal durante os ataques de 8 de janeiro, a cumprir uma pena de 1 ano e 6 meses.
O voto de Fux representa a primeira discordância em relação ao ministro-relator do caso, Alexandre de Moraes, que propôs uma pena de 14 anos de prisão em regime fechado para Débora.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Fux rejeitou a condenação de Débora por crimes contra a democracia, como golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Em sua visão, Débora deve ser responsabilizada apenas pela deterioração do patrimônio tombado.
“Não há elementos que comprovem a vinculação subjetiva da ré com outros acusados, o que é necessário para a prova de coautoria nos crimes de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito e associação criminosa”, afirmou Fux em seu voto.
Fux apresentou seu voto durante a continuação do julgamento de Débora Rodrigues na Primeira Turma do Supremo. Ele havia solicitado mais tempo para análise do caso em março e, após um mês estudando o processo, decidiu revisar a pena sugerida por Moraes.
O julgamento está sendo realizado de maneira virtual na Primeira Turma do STF, com previsão de término para 6 de maio.
Diante do exposto, as decisões divergentes no julgamento de Débora Rodrigues despertam discussões importantes sobre a adequação das penas no Brasil. Compartilhe sua opinião conosco!
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