A mudança de postura do ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), em relação às condenações de réus do 8 de janeiro provocou incômodo entre integrantes do tribunal. Até a semana passada, Fux era visto como alinhado a Alexandre de Moraes, o que refletia unidade nas decisões do tribunal. No entanto, recentemente, Fux passou a questionar um caso simbólico envolvendo a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, causando surpresa aos colegas.
Considerado um ministro que leva em conta avaliações externas em casos de grande repercussão, Fux tem sido sensível às manifestações populares, midiáticas e políticas. Sua postura mais recente foi definida por ele como “humildade judicial” para revisar possíveis “erros” em processos relacionados aos ataques.
Apesar de surpreender com sua revisão, não é a primeira vez que Fux muda de posição em casos importantes, como ocorreu anteriormente em julgamentos relevantes. Sua postura rígida em questões penais é reconhecida entre os colegas, sendo conhecido por buscar um aumento nas condenações criminais de políticos, como visava na Operação Lava Jato.
Fux se mostrou sensível ao caso de Débora, suspendendo o julgamento para reduzir a tensão no tribunal. Mesmo divergindo de Moraes em sessões, mantém uma relação cordial com o colega. Sua atenção aos processos em questão é vista como uma demarcação de posição, sem intenção de causar confrontos, mas sim de ouvir diversas vozes e manter a unidade no tribunal.
O ministro se destaca por sua postura firme, ao mesmo tempo em que busca manter o equilíbrio e os laços no STF. Nesse sentido, a aproximação com o colega Moraes e a busca por diálogo demonstram seu compromisso com a instância judicial e a estabilidade institucional.
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