O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, decidiu suspender a nível nacional todos os processos que tratam da legalidade da contratação de trabalhadores autônomos ou pessoas jurídicas para prestação de serviços, prática conhecida como “pejotização”.
A decisão foi tomada após um corretor recorrer de uma sentença do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que havia considerado válida a contratação de serviços entre ele e uma seguradora, reconhecendo a inexistência de vínculo empregatício.
Este caso ganhou importância nacional por determinação dos ministros do STF, com exceção de Edson Fachin, o que implica que as decisões tomadas neste processo devem ser seguidas por todos os tribunais do país em casos semelhantes.
Gilmar Mendes ressaltou que a legalidade desses contratos, comuns em atividades como entregas feitas por motoboys e corretagem de imóveis, tem sido contestada com frequência no STF após decisões da Justiça do Trabalho que, segundo ele, ignoram posicionamentos já estabelecidos pela Suprema Corte.
“O descumprimento sistemático da orientação do Supremo Tribunal Federal pela Justiça do Trabalho tem contribuído para um cenário de grande insegurança jurídica, resultando na multiplicação de demandas que chegam ao STF, transformando-o, na prática, em instância revisora de decisões trabalhistas”, afirmou o ministro.
Para evitar a multiplicação de decisões conflitantes sobre o assunto e priorizar a segurança jurídica, Gilmar Mendes determinou a suspensão nacional de todos os processos semelhantes até que haja um veredito definitivo sobre o tema.
Portanto, essa medida visa garantir a uniformidade de entendimento e liberar o STF para lidar com outras questões relevantes para a sociedade. É fundamental aguardar o julgamento final para esclarecer essa questão legal de grande impacto no cenário trabalhista brasileiro.
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