A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, do PT, criticou os deputados que endossaram a urgência na votação do projeto de anistia aos envolvidos nos recentes ataques. Para Gleisi, conceder uma anistia geral poderia beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros militares, gerando uma possível crise institucional. Ela confia na decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de não pautar o projeto, destacando a gravidade da situação.
Cerca de 100 deputados da base aliada do governo são favoráveis à anistia. Muitos desses parlamentares integram siglas do Centrão e são alinhados a Bolsonaro. Gleisi reforçou que a proposta de “anistia ampla, geral e irrestrita” evidencia a intenção de proteger Bolsonaro e os demais envolvidos nos acontecimentos.
Em suas redes sociais, Gleisi salientou: “Ao pedir a anistia, Bolsonaro revela suas reais intenções. A intenção é absolvê-lo juntamente com os líderes do golpe”.
A ministra observou a possibilidade de alguns parlamentares buscarem amenizar as penas dos envolvidos nos eventos do dia 8 de janeiro, que têm sido consideradas severas pela sociedade. No entanto, ela alertou que o projeto em discussão visa especificamente beneficiar Bolsonaro e os generais, provocando um embate prejudicial ao país e ao Judiciário.
Em sua análise, Gleisi enfatizou que o objetivo não é contemplar cidadãos comuns, mas sim blindar Bolsonaro de possíveis consequências legais, levando o país a uma crise de proporções institucionais.
Gleisi Hoffmann prestou essas declarações após uma reunião no Palácio da Alvorada para a definição de Pedro Lucas Fernandes como novo ministro das Comunicações.
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