A expectativa do mercado financeiro é de que a inflação desacelere em março, após atingir uma marca recorde em fevereiro, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Embora haja essa desaceleração, não se espera que seja suficiente para alinhar a inflação com a meta estabelecida para este ano, que varia entre 1,5% e 4,5%. A inflação acumulada em 12 meses já ultrapassou o teto da meta, atingindo 5,06%. Especificamente em fevereiro, houve um aumento significativo nos preços, especialmente de energia elétrica residencial e no grupo de Educação.
A análise para março
- A Warren Investimentos estima que o IPCA avance 0,50% em março, com uma variação acumulada de 5,41% em 12 meses. Os grupos de Alimentação e Bebidas, bem como Despesas Pessoais, devem ter as maiores variações, enquanto Comunicação poderá registrar queda.
- As projeções dos analistas consultados pelo Banco Central indicam uma inflação de 5,65% para 2025, com uma expectativa de aumento de 0,56% no IPCA em março.
Desafios para cumprir a meta
A meta de inflação, que agora é contínua e apurada mês a mês, demanda um controle rigoroso para evitar ultrapassagens por seis meses consecutivos, o que caracterizaria o descumprimento. Neste caso, o Banco Central teria que explicar as razões para o estouro ao ministro da Fazenda.
O próprio Banco Central tem alertado sobre a possibilidade de ultrapassar o teto da meta. A instituição destaca que a combinação entre inflação elevada e juros altos pode criar um cenário desafiador, e o presidente do BC sinalizou que precisará lidar com uma inflação acima da meta a curto prazo.
Além disso, tanto o mercado financeiro quanto as instituições bancárias projetam que a inflação possa superar a meta estipulada, o que reforça a preocupação com a manutenção da estabilidade econômica.
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