Os Estados Unidos e o Irã iniciaram uma segunda rodada de negociações em Roma, mediada por Omã, sobre o programa nuclear de Teerã. As conversas “indiretas” acontecem na residência do embaixador de Omã, com as delegações em salas separadas e mensagens sendo transmitidas pelo ministro de Omã. Esta é uma continuação da primeira rodada ocorrida em Mascate, Omã, considerada “construtiva” por ambos os países, que não mantêm relações diplomáticas desde 1979.
Após a saída dos EUA do acordo multilateral em 2015, o presidente Donald Trump ameaçou ações militares contra o Irã se um novo acordo nuclear não fosse alcançado. No entanto, desde que retornou à Casa Branca, Trump adotou uma postura de pressão máxima contra o Irã, endurecendo sanções e ameaças. O Irã, por sua vez, afirma que seu programa nuclear destina-se a fins civis, embora a AIEA tenha alertado que o país não está longe de obter armas nucleares.
Neste cenário delicado, as negociações atuais representam uma fase crucial. Países ocidentais e Israel suspeitam das intenções nucleares do Irã, enquanto Teerã defende seu direito ao desenvolvimento nuclear pacífico. O diretor-geral da AIEA visitou Teerã recentemente e alertou para a urgência das negociações. O Irã tem se distanciado de seus compromissos nucleares desde a saída dos EUA do acordo, aumentando o enriquecimento de urânio, o que preocupa a comunidade internacional.
Neste contexto tenso, a pressão por um acordo nuclear se intensifica, com apelos dos EUA para que os europeus adotem medidas drásticas contra o Irã. A complexidade e os desafios das negociações são evidentes, mas a continuidade do diálogo é fundamental para evitar uma escalada de tensões na região.
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