No último domingo (6), o Irã rejeitou a possibilidade de iniciar negociações diretas com os Estados Unidos em relação ao seu programa nuclear, apesar das ameaças feitas pelo presidente Donald Trump. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abás Araqchi, argumentou que não vê razão para dialogar com um país que recorre à força e cujos representantes expressam posições divergentes. Ele reiterou o compromisso do Irã com a diplomacia, demonstrando disposição para conversas indiretas.
As potências ocidentais, lideradas pelos EUA, acusam o Irã de buscar armas nucleares, uma acusação que Teerã nega veementemente, afirmando que suas atividades nucleares têm fins civis. Em um gesto de abertura, Trump enviou uma carta aos líderes iranianos buscando negociações, mas ao mesmo tempo ameaçou bombardear o país caso as conversas não avançassem, e também anunciou novas sanções ao setor de petróleo iraniano.
Em 2015, Irã e os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, juntamente com a Alemanha, assinaram um acordo para monitorar as atividades nucleares do país. O pacto previa a redução das sanções em troca de um monitoramento mais rigoroso. No entanto, em 2018, Trump decidiu retirar os EUA do acordo, restabelecendo as sanções que haviam sido suspensas.
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