O presidente Lula tomou a decisão de demitir o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após este ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por suspeitas de corrupção passiva e desvio de emendas. Juscelino divulgou a decisão em carta, explicando que deixava o cargo para cuidar de sua defesa, após uma conversa com o presidente.
Em sua carta de despedida, Juscelino expressou gratidão a Lula e ressaltou a importância de proteger o projeto político em que acredita. Esta é a sétima saída de um ministro durante o terceiro mandato de Lula, sendo a primeira relacionada a questões de corrupção, embora as acusações remontem ao período anterior à sua gestão no governo.
A sucessão de Juscelino ainda não está definida, mas o União Brasil pretende manter o controle do ministério, descartando a possibilidade de transferir o ministro do Turismo, Celso Sabino, para o cargo deixado. Entre os cotados está o deputado Pedro Lucas Fernandes, líder da bancada do União.
A denúncia contra Juscelino veio após investigações sobre desvios de recursos em obras públicas no Maranhão, envolvendo emendas parlamentares indicadas por ele. Enquanto se defende das acusações, Juscelino garante sua inocência, ressaltando que o processo em curso não implica em sua culpa. O presidente do União Brasil reiterou seu apoio ao ex-ministro, ressaltando sua competência e comprometimento em suas ações como ministro das Comunicações.
A denúncia contra Juscelino representa um marco no governo Lula e pode abrir caminho para novas mudanças no ministério. Agora, cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir se aceita a denúncia, transformando Juscelino em réu, em um cenário inédito para o atual governo.
A saída de Juscelino do ministério também pode desencadear uma nova fase na reorganização ministerial de Lula, sinalizando possíveis mudanças e reconfigurações no alto escalão do governo.
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