Lula gigante avistada em seu habitat natural pela primeira vez
Uma expedição liderada por pesquisadores marinhos do Instituto Schmidt Ocean, fundado por Eric Schmidt, ex-chefe da Google, teve o privilégio de testemunhar e filmar, pela primeira vez, uma lula colossal em seu habitat natural. Batizada cientificamente como Mesonychoteuthis hamiltoni, estima-se que esse magnífico animal possa chegar a impressionantes seis a sete metros de comprimento, levando em consideração seus tentáculos, tornando-se assim o maior invertebrado conhecido, com mais de 500 quilos. O avistamento ocorreu no Oceano Atlântico, a aproximadamente 600 metros das Ilhas Sandwich do Sul, situadas na mesma latitude de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, durante uma expedição com o intuito de descobrir e catalogar novas espécies marinhas.
A espécie Mesonychoteuthis hamiltoni foi inicialmente descrita e nomeada há um século, em 1925, com base em fragmentos de dois exemplares encontrados no estômago de um cachalote, um cetáceo dentado semelhante às baleias, próximo às Ilhas Shetland do Sul, nas proximidades da Antártida, na região onde Ushuaia se localiza. Até então, jamais haviam sido registradas imagens de uma lula colossal viva – uma proeza finalmente alcançada. A Dra. Kat Bolstad, professora associada e líder do laboratório da Universidade de Tecnologia de Auckland, Nova Zelândia, em colaboração com o especialista em lulas de vidro, Dr. Aaron Evans, foi fundamental para a confirmação dessa observação.
No estágio juvenil, lulas colossais podem ser alvo de ataques por parte de peixes, aves e mamíferos marinhos. Entretanto, quando atingem a maturidade, apenas cachalotes e tubarões dormentes são conhecidos por serem capazes de capturar esse gigante dos mares. Restos de lulas colossais adultas também foram encontrados nos estômagos de marlongas, uma espécie de peixe, provavelmente remanescentes descartados por predadores maiores.
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