O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma agenda movimentada no próximo mês de maio, com destaque para sua participação na cúpula ministerial entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a China. Essa visita a Pequim acontecerá nos dias 12 e 13, logo após sua presença em eventos em Moscou, de 8 a 10 de maio, em comemoração ao Dia da Vitória, que marca o encerramento da Segunda Guerra Mundial na Europa.
O encontro entre a Celac e a China reunirá líderes da América Latina e Caribe em discussões sobre a ampliação da cooperação com a potência asiática. Além de Lula, é aguardada a participação do presidente colombiano Gustavo Petro, atual detentor da presidência rotativa do bloco regional.
Essa será a quarta edição da reunião ministerial entre a Celac e a China, refletindo um momento de estreitamento das relações entre Pequim e a América Latina. A China já é o principal parceiro comercial da maioria dos países latino-americanos, incluindo o Brasil.
No âmbito desse encontro, está previsto um encontro entre Lula e o presidente chinês, Xi Jinping. Os dois líderes mantêm uma relação sólida, tendo se encontrado diversas vezes no passado, seja em visitas oficiais ou em eventos internacionais.
O comércio entre Brasil e China é significativo, com a China sendo o principal parceiro comercial do Brasil desde 2008. Em 2023, as exportações brasileiras para o país asiático totalizaram US$ 104 bilhões, impulsionadas majoritariamente por produtos agropecuários e minerais. Por outro lado, os investimentos chineses no Brasil chegam a cerca de US$ 40 bilhões, concentrados em setores como energia, infraestrutura e tecnologia.
Espera-se que a participação de Lula nessa cúpula contribua para fortalecer ainda mais essa relação estratégica entre Brasil e China, tendo em vista os laços comerciais e os investimentos em curso.
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