Sob convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiadores se concentram na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, para reivindicar anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.
No início da tarde, os apoiadores já ocupavam uma área próxima ao Masp, com o ato programado entre 14h e 17h. Uma foto do ex-presidente ao lado de sete governadores que participariam do protesto foi divulgada antes do início da manifestação.
Os governadores presentes são: Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo, Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD) do Paraná, Ronaldo Caiado (União) de Goiás, Jorginho Mello (PL) de Santa Catarina, Mauro Mendes (União Brasil) do Mato Grosso, e Wilson Lima (União) do Amazonas. Os quatro primeiros são apontados como possíveis candidatos à presidência em 2026.
Cláudio Castro (PL) do Rio de Janeiro teve sua presença anunciada, porém não comparecerá.
O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, promete que a presença política será a maior desde o impeachment de Dilma Rousseff, com mais de cem políticos, entre governadores, deputados e outros presentes.
O pastor destacou que seu discurso terá como alvo o ministro Alexandre de Moraes do STF e o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) por resistirem à pauta da anistia. Ele afirmou: “Eu vou confrontá-los”.
Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada neste domingo revela que a maioria dos brasileiros se opõe à anistia dos envolvidos no episódio de 8 de janeiro. O levantamento aponta que 56% dos entrevistados creem que os acusados devem permanecer detidos, enquanto 34% defendem a libertação.
Neste contexto, 49% dos entrevistados consideram que o ex-presidente teve participação no planejamento de um golpe de Estado, enquanto 35% discordam dessa hipótese. A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 31 de março, ouviu 2.004 pessoas, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Antes do protesto, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) incentivou a participação feminina no evento, sugerindo que todas comparecessem com batom, em referência à condenação de uma cabeleireira por pichar com batom uma estátua em frente ao STF, episódio usado por bolsonaristas críticos às penas aplicadas em janeiro.
Um dos trios elétricos foi reservado para o ex-presidente e seu círculo próximo, incluindo os governadores, enquanto outro abrigará os demais parlamentares e aliados.
Preocupados com a previsão de chuva, os organizadores instalaram tendas para abrigar as autoridades e limitaram os discursos a três minutos.
A deputada federal Priscila Costa (PL-CE) ficará encarregada de iniciar as falas com uma oração.
Os organizadores almejam que o ato em São Paulo supere em participação o ocorrido no Rio de Janeiro em 16 de março, quando a estimativa de 1 milhão de manifestantes não se concretizou, reunindo somente 30 mil pessoas, segundo o Datafolha. Até o momento, uma nova estimativa de público não foi divulgada.
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