O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou a concessão de asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, por motivos humanitários. A decisão foi tomada considerando a situação delicada de Nadine, que passou por uma cirurgia recente e agora se encontra em fase de recuperação. Vieira ressaltou que a medida foi adotada previamente e comunicada posteriormente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nadine Heredia e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão por envolvimento em casos de caixa 2 provenientes do governo venezuelano e da Odebrecht durante as eleições de 2006 e 2011.
Segundo Vieira, o pedido de asilo seguiu os trâmites da Convenção de Caracas, estabelecida em 1954. O ministro destacou a presença de um filho menor acompanhando Nadine, fator que agravou a situação. Ele enfatizou a necessidade humanitária de proteger a ex-primeira-dama e seu filho diante das circunstâncias delicadas. O governo peruano aceitou prontamente a concessão do salvo-conduto, permitindo a saída de Nadine e da criança do país.
Diante da urgência e da falta de opções comerciais viáveis, o Brasil providenciou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para garantir a segurança de Nadine e seu filho durante a viagem. A ausência de alternativas de transporte mais rápidas e seguras justificou a decisão. A ex-primeira-dama chegou a Brasília logo após sua condenação, gerando repercussões políticas imediatas para o presidente Lula e provocando reações da oposição no Brasil.
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