Novas evidências obtidas pela Polícia Federal na Operação Overclean apontam para a possível influência do empresário José Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, na indicação de cargos na Prefeitura de Belo Horizonte (MG). As mensagens analisadas sugerem que ele teria influenciado na formação do secretariado municipal após a vitória do então prefeito Fuad Noman, falecido recentemente. Este caso está inserido no contexto de investigação de desvios milionários em contratos financiados por emendas parlamentares.
A terceira fase da Operação Overclean resultou no cumprimento de medidas contra Marcos Moura, suspeito de obstrução de Justiça, e no afastamento do secretário de Educação de Belo Horizonte, Bruno Barral, por decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise dos celulares revelou conversas entre Moura e o ex-prefeito Fuad Noman sobre a configuração do governo municipal.
Em meio às negociações, sido proposta a Marcos Moura a Secretaria de Combate à Fome e Mobilidade Social, porém, o empresário teria buscado também o controle da Secretaria de Educação. A PF destaca que houve pressão por parte de Moura para assumir o comando desta pasta. A organização criminosa atuante nestes diálogos demonstra interferência nas decisões políticas do município.
A decisão do STF revela que, em dado momento, Fuad Noman pediu a renúncia de Marcos Moura em favor de outros líderes políticos, ao que o empresário solicitou tempo para consultar Antônio Rueda e ACM Neto, evidenciando uma articulação política de alto escalão. As investigações seguem em andamento após o afastamento de Bruno Barral do cargo de secretário de Educação de Belo Horizonte no âmbito da Operação Overclean.
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