O fim do Partido Democrata de Hong Kong sob pressão de Pequim
Estabelecido em 1994, o Partido Democrata de Hong Kong está prestes a ser dissolvido ainda este ano. No último domingo, durante uma assembleia, 90% dos membros presentes votaram a favor da dissolução da sigla, abrindo caminho para os trâmites necessários para o seu encerramento. A proposta surgiu em fevereiro, quando Lo Kin-hein, presidente do partido, convocou uma reunião para discutir o futuro da organização. Ao longo dos anos, o Partido Democrata foi um dos mais influentes em Hong Kong, conquistando várias cadeiras no legislativo e exercendo considerável poder político.
Desde a transferência de Hong Kong para a China em 1997, o partido tem adotado uma postura em relação ao governo chinês, defendendo a “reversão de Hong Kong para a China”. No entanto, ao longo do tempo, essa posição foi percebida como moderada, sendo alvo de críticas de outras legendas pró-democracia na região. A crescente repressão política resultou na prisão e no exílio de diversos membros do partido, especialmente após a implementação da Lei de Soberania Nacional. Lau Wai-hing, ex-vice-presidente da sigla, se opôs à dissolução, expressando também preocupação com possíveis detenções de outros integrantes.
Antes de formalizar a dissolução, o Partido Democrata planeja realizar uma nova assembleia para debater os próximos passos, mantendo suas operações em curso até que a decisão final seja tomada.
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