A Polícia Federal realiza a Operação Teatro Invisível contra grupo suspeito de disseminar ‘fake news analógica’ durante eleições
A Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Teatro Invisível, visando desarticular uma organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 3,5 bilhões dos cofres públicos. A ação ocorre no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
A primeira etapa da operação, realizada no ano passado, resultou na prisão de quatro indivíduos acusados de disseminar “fake news”, de forma “analógica”. O grupo contratava pessoas para disseminar informações falsas em locais com grande concentração de pessoas, como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados, com o intuito de influenciar eleitores com falsas afirmativas sobre um candidato a prefeito.
De acordo com a investigação, atores eram contratados para espalhar notícias falsas e recebiam R$ 2.000 por essa função.
A nova fase da operação se baseia em documentos e evidências obtidos anteriormente, revelando que os alvos teriam destruído arquivos digitais que os incriminariam.
Nesta quarta-feira, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em diversas cidades. A Justiça determinou o bloqueio de valores em contas dos investigados e a suspensão das atividades de oito empresas ligadas ao grupo.
Segundo a PF, o esquema envolvia transações ilegais por meio de contas de passagem, uso de dinheiro em espécie, empresas com intensa atividade econômica e a aquisição de bens de alto valor. Além disso, há indícios do uso de recursos não declarados à Justiça Eleitoral para financiar candidaturas em futuras eleições municipais.
Parte dos investigados está ligada a empresas envolvidas em fraudes que prejudicaram a concorrência em licitações em quatro municípios do Rio de Janeiro.
A investigação continua para identificar outros envolvidos, e os acusados, se condenados, podem enfrentar até 27 anos de prisão.
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