A articulação intensa do governo federal visando a formação de chapas robustas para o Senado, em preparação para a renovação de dois terços das cadeiras a partir de 2027, pode sofrer um contra-ataque. Na Bahia, essa estratégia integra um movimento nacional envolvendo o Partido Liberal e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O planejamento antecipado pelo governo e pelo PT tem como foco enfrentar a mesma intenção já manifestada publicamente por Jair Bolsonaro e lideranças do PL, que é eleger o maior número possível de senadores no próximo ano. Nas eleições de 2026, 54 cadeiras do Senado estarão em jogo, duas por estado. Já em 2022, o bolsonarismo conquistou 8 senadores pelo PL, entre os 27 eleitos, além de aliados de outros partidos. Atualmente, a bancada do PL conta com 13 senadores, sendo a segunda maior do Senado, logo atrás do PSD.
Essa movimentação nacional também pode influenciar as decisões do PL na Bahia. Informações obtidas pelo Bahia Notícias indicam que, apesar da manutenção da pré-candidatura de João Roma ao governo como estratégia para fortalecer o partido, no futuro, há a possibilidade de uma composição para concorrer a uma vaga para o Senado.
Internamente, há uma clara preferência por ter um representante disputando o Senado em vez de ocupar a vice-liderança. O objetivo é reforçar as candidaturas senatoriais para fortalecer a oposição no Congresso Nacional. Alguns nomes já são cogitados como potenciais candidatos pelo partido.
Dentre as opções, João Roma desponta como um possível candidato, considerando sua atuação em Brasília como deputado federal e ex-ministro de Bolsonaro. Outro nome em destaque é o do deputado estadual Leandro de Jesus, com laços próximos ao ex-ministro. No entanto, o impasse reside na estratégia do partido na Bahia para as eleições futuras, uma vez que Roma poderia voltar a concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Aproximação da Oposição:
O presidente do PL na Bahia e ex-ministro João Roma revelou que está próximo de iniciar diálogos políticos com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), para discutir os cenários das eleições de 2026.
“Ainda não retomamos as conversas políticas. Tive encontros com Bruno Reis, Zé Ronaldo, Sheila Lemos, mas não cheguei a discutir política com Neto durante as eleições. Nos encontramos em alguns eventos, mas não sentamos para tratar de política”, afirmou Roma ao ser questionado sobre um possível retorno das discussões.
Comentários Facebook