Polícia liga empresários a crime com lama tóxica de condomínio de luxo

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A Polícia desvenda ligação de empresários a crime ambiental envolvendo lama tóxica de condomínio de luxo. A Polícia Civil de São Paulo identificou uma “organização criminosa” formada por empresários que lucram às custas da destruição ambiental no litoral sul de São Paulo. Uma investigação revelou que uma mineradora está envolvida em transporte e descarte irregular de lama cancerígena das obras de um condomínio de luxo à beira-mar, contaminando o solo de São Vicente.

Os sócios da mineradora PGV foram indiciados por despejo e transporte inadequados de lama betonímica, um resíduo perigoso da construção que contém metais pesados e substâncias tóxicas. Laudos policiais mostram que o terreno e arredores levarão mais de 20 anos para se recuperarem do impacto causado, inclusive ameaçando a contaminação do solo e da água de uma escola local.

A investigação teve início após denúncias de que a lama se originava de uma obra em um condomínio de luxo em Santos, onde apartamentos de alto padrão são avaliados em até R$ 6 milhões. A polícia seguiu caminhões que transportavam o rejeito até São Vicente, embasada em mensagens que mencionavam o transporte da lama, evidenciando a necessidade de autorização da empresa para sua manipulação.

Em meio às investigações, foram descobertas mensagens entre diretores da empresa conspirando para desacreditar membros do Ministério Público de São Paulo. O relatório policial destacou a falta de responsabilização da construtora que contratou a mineradora, apesar das evidências apontadas.

“Os policiais monitoraram a movimentação de caminhões que saíam do canteiro de obras, situado a Av. Presidente Wilson, Gonzaga, Santos, que transportava os resíduos diretamente para a empresa PGV, em São Vicente”, afirmou o delegado do caso em relatório.

As mensagens apreendidas sugeriram tentativas de suborno a autoridades locais, evidenciando a postura negligente da empresa diante do dano ambiental. O relatório enfatizou a contaminação não apenas do solo e da água, mas também da população local e marítima devido à busca desenfreada por lucro em detrimento dos cuidados ambientais.

A empresa PGV não se pronunciou até o momento. O caso permanece em investigação ativa.

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