Polícia prende 6 suspeitos e elucida morte de jovem em Jericoacoara

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A investigação conduzida pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) chegou ao fim nesta quarta-feira (2/4) elucidando o homicídio de Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, turista vítima de um crime ocorrido em Jericoacoara no mês de dezembro do ano passado. Henrique foi morto por membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

O delegado responsável pelo caso, Júlio Morais, em atuação no município de Jijoca de Jericoacoara, detalhou que seis pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento no crime, sendo duas adultas e quatro menores de idade.

Nesta quarta-feira, a PCCE informou que dois dos suspeitos foram localizados na terça-feira (1/4), na região de Jericoacoara, sendo um adulto e um adolescente. Henrique Marques de Jesus estava de férias com o pai no litoral cearense quando foi brutalmente assassinado pelo grupo afiliado ao tráfico de drogas. Ele era natural de Bertioga (SP) e desapareceu em Jericoacoara na noite de 16 de dezembro, após deixar seu pai no centro da vila e retornar sozinho para a pousada onde estavam hospedados.

O crime gerou grande repercussão à época. Desde então, as autoridades policiais estaduais empreenderam esforços para capturar os responsáveis. Além dos seis detidos, um suspeito permanece foragido e outro foi morto em confronto com a polícia.

Relembre o caso

Segundo as conclusões da investigação, o assassinato de Henrique está associado à rivalidade entre facções criminosas. A princípio, considerou-se que o motivo seria gestos com as mãos feitos pelo jovem em fotos postadas nas redes sociais durante a viagem a Jericoacoara. Esses gestos estavam sendo interpretados como ligados a uma facção rival dos agressores.

No entanto, a polícia descartou essa motivação inicial e apontou um novo motivo: uma suposta estampa em uma camiseta usada por Henrique no dia do crime, com um desenho relacionado ao PCC, teria desencadeado a ação dos membros do CV.

Os suspeitos alegaram ao delegado que, na noite de 16 para 17 de dezembro, Henrique teria ido sozinho ao local onde eles estavam para comprar drogas e, ao chegar ao ponto de venda, chamou atenção dos traficantes devido à roupa que estava vestindo.

Henrique foi agredido, torturado e teve uma orelha cortada pelos criminosos. O momento em que ele foi abordado pelo grupo foi registrado por câmeras de segurança.

“Meu filho não é bandido”

Em defesa da reputação de seu filho, que foi erroneamente associado ao mundo do crime e tratado como membro de facção criminosa, o pai de Henrique, Danilo Martins de Jesus, em entrevista ao Metrópoles no final do ano passado, afirmou veementemente que seu filho não tinha envolvimento com atividades criminosas.

O corpo de Henrique foi encontrado em 18 de dezembro próximo à Lagoa Negra, numa área afastada do centro da vila turística. A polícia acredita que os traficantes levaram o jovem para uma praia isolada, conhecida como Praia da Malhada, onde o agrediram até a morte, antes de abandonar o corpo em outro local.

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