A Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana firmou contrato no valor de R$ 20.950.114,76 com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) para prestação de serviços na área de saúde. A assinatura do contrato ocorreu na última sexta-feira (4), realizado pelo secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos. No entanto, a contratação da empresa despertou atenção devido ao seu histórico controverso.
O Instituto de Gestão e Humanização é alvo de investigações por supostos desvios de recursos da saúde pública em Salvador e foi selecionado para fornecer “serviços profissionais na área de saúde, com dedicação exclusiva de mão de obra”, conforme detalhado no extrato do contrato publicado.
RELEMBRE O CASO:
Anteriormente conhecida como IMEGI, a IGH esteve no centro de denúncias de superfaturamento investigadas pela Polícia Federal na Operação Kepler em 2019. A operação revelou um esquema envolvendo desvios de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. As investigações apontaram que as licitações eram direcionadas para beneficiar o Instituto, que por sua vez subcontratava empresas recém-criadas ligadas a integrantes da própria entidade. Parte dos recursos das subcontratações retornava aos representantes da IGH e possivelmente a servidores públicos ligados à Secretaria Municipal de Saúde e à Prefeitura de Salvador.
Na ocasião, a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores dos envolvidos, incluindo o superintendente do IGH, Paulo Bittencourt, entre outros alvos dos mandados de busca e apreensão.
Diante do histórico problemático da empresa, a contratação pelo município de Feira de Santana levanta questões sobre a seriedade e transparência na gestão de recursos públicos, exigindo um acompanhamento rigoroso por parte dos órgãos competentes.
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