Presidente nacional do Podemos sonha com “divisão” de comandos de diretórios na Bahia com possível fusão com PSDB

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Com o avançar da fusão entre o Podemos e o PSDB — com reuniões marcadas para esta terça-feira (29), o comando na “nova legenda” segue ainda em debate. Para a Bahia, a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, tem um “sonho” para acomodar os interesses de ambos os grupos, que se dividem entre apoiadores do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e oposição. 

Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias com lideranças partidárias envolvidas no debate, Renata teria como meta atender ambos os grupos, indicando o desejo de que o partido tenha o representante na seara estadual apoiando Jeronimo e em Salvador a ligação seria com o prefeito Bruno Reis (União). O movimento contemplaria as relações dos dois deputados federais que a nova sigla possuiria. 

Com relação próxima à gestão de Jerônimo, o deputado Raimundo Costa manteria sua base com o petista, sendo filiado ao Podemos. Já pelo lado tucano, o deputado Adolfo Viana poderia, de certa forma, manter o posicionamento com a relação próxima ao grupo do ex-prefeito ACM Neto (União), consequentemente do prefeito da capital Bruno Reis. 

O movimento é empurrado pela cláusula de desempenho, atualizada no Código Eleitoral. Entre os pontos alterados, em 2018, estão o cálculo dos deputados e vereadores eleitos pelo sistema proporcional: o quociente eleitoral. A partir de 2019 e progressivamente, os partidos precisam aumentar seu número de votos e candidatos para garantir mais vagas em cargos eletivos e, partir disto, continuar recebendo uma fatia do Fundo Partidário — reserva financeira usada para o custeio dos partidos políticos que soma neste ano R$ 888,7 milhões.

As fusões, incorporações e federações partidárias tiveram início do debate em fevereiro. O sonho de Renata seria “manter” o equilíbrio e atender os desejos. A ver se o sonho irá virar realidade. 

PSDB NA ENCRUZILHADA
Atualmente, 11 legendas com representação na Câmara que estão perto da linha de corte, incluindo o PSDB. O partido tem 13 deputados, sendo um da Bahia, em oito estados distintos. O piso da cláusula de barreira em 2026 será de 2,5% dos votos válidos ou 13 deputados distribuídos em 9 unidades da Federação. Isso significa que, se todos os congressistas tucanos atuais forem reeleitos no próximo ano, mas o partido não fizer nenhum deputado a mais em outra UF, o ele perderá o acesso ao financiamento público e ao tempo de TV.

Ao Bahia Notícias, Adolfo Viana, representante tucano na Bahia, destacou que a decisão de mudança “não passa pelos estados”. “Aliás, passa, mas a decisão vem de cima para baixo. Sem dúvida nenhuma, se a gente for conversar no nível local. Se for com o PSD, é com Otto Alencar, Angelo Coronel e os deputados federais. Se for com o MDB, é com o Lúcio e Geddel [Vieira Lima]. Se for com o Podemos, a gente vai tratar com o Raimundo da Pesca. E se for com os Republicanos, com o bispo Márcio Marinho. Mas volto a dizer que essa é uma conversa feita entre os presidentes dos partidos nacionalmente”, acrescentou.

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