Edir Macedo teria ordenado à Record para ignorar morte do Papa, diz Veja
A morte do Papa Francisco na última segunda-feira (21) foi amplamente divulgada, exceto pela TV Record, que adotou uma postura distinta das demais emissoras.
Segundo a revista Veja, o bispo Edir Macedo, dono da emissora, teria instruído uma cobertura discreta do falecimento do Pontífice, sem interromper a programação habitual.
Enquanto outras emissoras como Globo, SBT e Band interromperam suas transmissões para uma cobertura extensa, a Record seguiu sua grade normal de programação.
De acordo com informações do colunista da revista GENTE, a menção ao assunto na Record foi breve, sendo feita apenas no programa JR 24h, sem destaque.
A decisão da Record causou surpresa, principalmente devido à cobertura maciça dada pela Globo, que dedicou quase 8 horas ao evento. O SBT, por sua vez, dedicou 7 horas e 48 minutos e a Band, 4 horas e 32 minutos. Já a RedeTV! abordou o tema por 1 hora e 54 minutos.
Embora a Record tenha abordado o assunto em todos os seus telejornais, a cobertura total durou apenas 15 minutos e 10 segundos ao longo do dia. No Fala Brasil, foram apenas 1 minuto e 40 segundos, e no Hoje em Dia, 1 minuto e 5 segundos.
Essa postura mais contida não é inédita para a emissora, que desde a aquisição por Edir Macedo nos anos 90, tem mantido uma abordagem reservada sobre temas ligados à Igreja Católica.
Em situações anteriores, como nos falecimentos dos Papas João Paulo II (2005) e Bento XVI (2013), a Record adotou uma postura similar, minimizando a cobertura desses eventos.
Até a terça-feira (22), não havia informações sobre envio de equipes jornalísticas da Record para a Itália ou planos futuros de cobertura do caso.
Comentários Facebook