Após uma trajetória de 60 anos na televisão, Regina Duarte compartilhou com Pedro Bial, durante uma entrevista exibida nesta madrugada, que não deseja mais memorizar roteiros. A atriz afirmou que só aceitaria atuar na próxima novela de Aguinaldo Silva, “Três Graças”, se não precisasse realizar falas.
Ao longo do programa Conversa com Bial, Regina destacou a intensidade de sua rotina dedicada à carreira, revelando: “Fiz isso a minha vida inteira. Trabalhava 24 horas por dia: 12 gravando e 12 decorando”. Sua participação no programa reforça a aproximação com a Globo, em um relacionamento abalado desde sua saída em 2020, para assumir a secretaria especial de Cultura no governo de Jair Bolsonaro.
Durante o bate-papo, o foco não foi o posicionamento político da atriz, mas sim os 40 anos de “Roque Santeiro”, novela que marcou época ao abordar de forma satírica a exploração política e comercial da fé popular, sendo censurada em sua primeira versão, em 1975.
Regina, chamada de “rainha” por Bial, reviu cenas marcantes da Viúva Porcina, personagem principal de “Roque Santeiro”, e revelou suas discordâncias e arrependimentos em relação à icônica personagem.
A entrevista emocionante ainda abordou a influência da censura na arte, com Regina comentando: “A censura é prejudicial para a arte. Cada um deve ter liberdade para escolher o que quer seguir, o que quer louvar”.
Ao destacar seu apoio a Bolsonaro e sua participação no governo anterior, Regina relembrou os desafios que enfrentou, mas ressaltou o amadurecimento da sociedade em relação a suas escolhas individuais.
Encarando com maturidade sua carreira e legado na televisão, Regina Duarte continua sendo uma referência no universo artístico, demonstrando sua capacidade de se reinventar e se posicionar frente às transformações do tempo.
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