No Carnaval de Salvador, a celebração dos 40 anos do Axé Music foi o grande destaque. A abertura do evento, realizada em 27 de março no Campo Grande, contou com a presença de figuras emblemáticas do movimento, como Carlinhos Brown, Margareth Menezes e Ricardo Chaves.
No entanto, para Chaves, as homenagens prestadas não foram tão grandiosas quanto a importância da data. Em entrevista ao Bahia Notícias, o cantor, que integrou as bandas Pinel e Cabo de Guerra nos anos 80 e liderou blocos como Frenesi, Eva e Crocodilo, mencionou que a homenagem “parecia comum” demais.
“São 40 anos de um movimento que, na minha visão, não se restringe à música. A música foi apenas a trilha sonora de uma evolução social”, afirmou. Para Chaves, o movimento merece todo o reconhecimento.
“Insisto sempre nesse ponto. Não se trata apenas de música, então não podemos homenagear apenas uma canção, pois não é possível defini-la dessa forma. Podemos, no entanto, contar quantas transformações sociais foram impulsionadas por essa música”, explicou.
Apesar disso, o cantor expressou sua honra em participar da abertura do Carnaval no Campo Grande. Atualmente membro do grupo Mudei de Nome, Ricardo Chaves marcou presença em outros dias de festa.
Ele também mencionou que as homenagens feitas durante o evento serviram como um “pontapé inicial” para assegurar a preservação do legado musical da cidade. “Os 40 anos continuarão sendo celebrados até o próximo Carnaval. Acredito que a música de rua da Bahia nunca deve perder seu lugar de destaque em todos os carnavais”.
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