Um Vizinho Revela Detalhes do Juiz com Identidade Falsa
Um vizinho que conviveu com o juiz Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, ou melhor dizendo, José Eduardo Franco dos Reis, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o descreve como um homem alto, simpático e sem sotaque britânico. No Condomínio Edifício Ilha de Capri, localizado na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, Edward era conhecido como uma pessoa discreta, sendo frequentemente visto nas áreas comuns do prédio, sempre sozinho.
O vizinho relata que o juiz era visto usando roupas de ginástica e carregando uma mala de couro marrom. Ao se mudar em dezembro de 2024, Edward deixava o prédio a pé, desacompanhado. O juiz ocupava somente uma vaga de estacionamento para seu Chevrolet Cruze branco, modelo que parou de ser produzido em 2023, em um prédio onde os apartamentos têm 116m².
Após sair do condomínio em São Paulo, Edward teria se mudado para Minas Gerais, de acordo com o síndico do prédio. Os registros do ex-morador constam como tal, e ao tentar contatá-lo, o porteiro afirmou que ‘o senhor Eduardo’ não estava mais no local e que ele não tinha interesse em falar com a reportagem do Metrópoles.
Contextualização do Caso
- No dia 3 de outubro de 2024, José Eduardo apresentou uma certidão de nascimento inglesa no Poupatempo Sé, solicitando a segunda via do RG como Edward Albert.
- No entanto, as digitais coletadas no processo revelaram que se tratava de José Eduardo Franco dos Reis.
- A Polícia Civil iniciou uma investigação que confirmou o uso ilegal de identidade falsa pelo suspeito desde 1980.
- José conseguiu se formar em Direito na USP e, em 1995, ingressar na carreira de juiz utilizando essa identidade falsa.
- Apesar disso, ele também manteve sua identidade verdadeira em uso, obtendo uma segunda via do RG real em 1993, aproveitando falhas no sistema de segurança da época.
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