Os desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) investigados por suspeita de venda de sentenças foram novamente afastados de seus cargos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após terem retornado ao trabalho nesta semana. O prazo inicial vencido na segunda-feira (21) foi prorrogado indefinidamente pela decisão do ministro Cristiano Zanin, publicada nesta terça-feira (22), aguardando manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os relatórios da investigação.
Segundo relatos da Polícia Federal, há evidências da prática de crimes relacionados à venda de decisões judiciais, com elementos suficientes para abertura de ação penal. Os desembargadores Alexandre Aguiar Bastos, Marcos José de Brito Rodrigues, Sideni Soncini Pimentel e Vladimir Abreu da Silva, o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, Osmar Jeronymo, e Danillo Moya Jeronymo, servidor do Tribunal de Justiça e sobrinho de Osmar, estão proibidos de acessar as dependências e sistemas do TJ-MS, assim como de manter contato com os servidores do tribunal.
Em outubro, a Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão como parte da investigação sobre a venda de sentenças, que incluiu advogados, desembargadores aposentados e um lobista envolvido em outras suspeitas relacionadas a decisões judiciais. Na residência do desembargador aposentado Julio Cardoso, um dos alvos da operação, foram apreendidos cerca de R$ 3 milhões em espécie.
Foto: Divulgação / PF
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