As investigações criminais na Bahia deram um salto em qualidade com a implementação de tecnologias avançadas pelo Governo do Estado, por meio do Departamento de Polícia Técnica (DPT), ligado à Secretaria da Segurança Pública (SSP). Entre os destaques estão os scanners tridimensionais e a expansão do setor de balística, agora equipado com microscópios comparadores, sistemas de inteligência e coletores balísticos de última geração.
Os constantes investimentos em modernização tecnológica têm impulsionado a qualidade do trabalho pericial, conforme ressaltou Osvaldo Silva, diretor-geral do DPT. Equipamentos atualizados estão fazendo diferença na perícia, permitindo maior agilidade, precisão e eficiência no trabalho dos peritos.
Ao todo, foram adquiridos cinco scanners tridimensionais, sendo dois para o Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto (ICAP) e três distribuídos entre as Coordenadorias Regionais de Polícia Técnica em Feira de Santana, Vitória da Conquista e Itabuna, representando um investimento total superior a R$ 1,5 milhão.
O ICAP, localizado no DPT em Salvador, desempenha um papel essencial na realização de exames e estudos na área da criminalística, focando em fornecer provas periciais para a capital e região metropolitana, atuando em diversas frentes, como balística forense, perícias contábeis e investigação de crimes contra a vida, patrimônio e meio ambiente.
Os scanners tridimensionais permitem a reprodução precisa de cenas de crime, preservando a localização exata dos vestígios. Esses equipamentos emitem feixes de laser para mapear ambientes, garantindo precisão mesmo em condições de iluminação adversas.
Segundo Ríbil Januário, diretor adjunto do ICAP, o scanner registra imagens em alta definição a grandes distâncias, permitindo uma visão abrangente em locais como acidentes de trânsito, facilitando a investigação por meio de um tablet conectado ao sistema.
Magali Brito, diretora do ICAP, destaca como os recursos tecnológicos estão otimizando as análises balísticas. O microscópio comparador balístico, por exemplo, possibilita uma análise minuciosa das marcas em projéteis e estojos, aumentando a precisão na identificação de correspondências entre os vestígios.
Esse microscópio está integrado ao Sistema de Identificação Balística (IBIS), que, por meio de conexão Wi-Fi, permite a comparação de informações entre crimes em diferentes períodos e locais, facilitando a elucidação de casos.
Outro recurso vital é o coletor balístico, que obtém os padrões de disparo de armas suspeitas. Esse equipamento, semelhante a um canhão metálico, possui um líquido de alta densidade que reduz o impacto do projétil, agilizando o processo de coleta e análise em comparação aos métodos anteriores.
Com essas inovações, a tecnologia de ponta está revolucionando as investigações criminais na Bahia, proporcionando mais eficiência e precisão no trabalho pericial.
Comentários Facebook