Donald Trump revoga isenção de taxas para pequenas encomendas provenientes da China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou uma decisão impactante ao assinar um decreto nesta quarta-feira (2) que revoga a isenção de impostos sobre pequenas encomendas vindas da China. Essa medida levanta preocupações sobre possíveis turbulências no comércio internacional. Anteriormente, a isenção abrangia importações de até US$ 800 (aproximadamente R$ 4,8 mil). Autoridades americanas apontaram o rápido crescimento de plataformas chinesas como Shein e Temu como o principal motivo por trás do aumento das remessas que se beneficiavam desse benefício.
Segundo a Casa Branca, o país processa mais de 4 milhões de encomendas isentas diariamente. A partir de agora, esse tipo de remessa estará sujeita a uma tarifa de 30%, ou de US$ 25 (cerca de R$ 150) por item, valor que deverá dobrar para US$ 50 a partir de 1º de junho.
A perda dessa isenção acarreta também em mais inspeções e a necessidade de cumprir rigorosas normas de segurança e alimentares por parte das empresas de comércio eletrônico. Analistas apontam que alguns produtos da Temu ou Shein podem deixar de ser enviados para os Estados Unidos devido à nova carga tributária. Dados oficiais americanos indicam que no ano fiscal de 2024, mais de 1,4 bilhão de pacotes isentos foram enviados, sendo 60% deles originados na China. Outros varejistas, como a Amazon, também poderão sofrer impactos.
Em fevereiro, Trump já havia eliminado essa isenção tarifária, porém, diante de mudanças logísticas significativas, voltou atrás. Na ocasião, Pequim acusou Washington de “politizar questões comerciais e econômicas e utilizá-las como instrumento de pressão”.
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