O PT enfrenta uma disputa intensa pelo seu comando, com o uso de jatinhos e filiações em massa agitando o cenário político interno do partido.
Com cinco candidatos na corrida eleitoral, destaca-se Edinho Silva, ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara, apadrinhado por Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, a corrente majoritária, Construindo um Novo Brasil (CNB), também vê a candidatura do prefeito de Maricá, Washington Quaquá, ganhar força, prometendo uma competição acirrada.
Outros postulantes, como Romênio Pereira, Valter Pomar e Rui Falcão, também entram na disputa, sinalizando um cenário multifacetado nas eleições internas do partido. O primeiro turno, com cerca de 3 milhões de filiados aptos a votar, está agendado para 6 de julho, com um possível segundo turno em 20/7.
Jatinhos para campanha
A polêmica envolvendo o uso de jatinhos por Edinho Silva em sua campanha tem gerado controvérsias. Recentemente, ele admitiu utilizar a aeronave de um produtor rural filiado ao partido para deslocamentos pelo país. Rui Falcão também planeja antecipar seu registro como candidato para usufruir das dez viagens custeadas pelo partido aos postulantes em campanha.
Aliados de Edinho minimizam a candidatura de Falcão, citando apoios importantes já consolidados em torno de seu candidato favorito. Por outro lado, a postulação de Washington Quaquá é vista como um desafio significativo dentro da corrente majoritária, ameaçando a estabilidade política interna do partido.
Filiações em massa
Outra questão que preocupa os aliados de Edinho é o aumento significativo de filiações no PT, sobretudo no Rio de Janeiro. Com 340 mil novos filiados divulgados, boa parte das adesões aconteceu em Maricá, cidade onde Quaquá assumiu a prefeitura. O cenário eleitoral da região, entretanto, gera desconfiança devido à derrota de Lula para Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.
Além do Rio de Janeiro, a dissidência na CNB também se fortalece em Minas Gerais, mas sofre com enfraquecimento em São Paulo. Nesse contexto, a influência da família Tatto ainda se faz presente, apesar das disputas internas no PT.
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