Lula e Xi Jinping chegam a Moscou para comemorações da vitória da Rússia sobre a Alemanha nazista em 1945

Publicado:

compartilhe esse conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês, Xi Jinping, desembarcaram em Moscou nesta quarta-feira (7) para participar do 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista. A celebração contará com a presença de altos dirigentes, incluindo Nicolás Maduro e Miguel Díaz-Canel, que também se reunirão com Vladimir Putin.

Na Praça Vermelha, uma grande parada militar está programada para sexta-feira (9), com cerca de 30 líderes mundiais. Putin se encontrou com Maduro para assinar um “tratado de associação estratégica” de dez anos e conversou com Díaz-Canel, que confirmou a união da ilha com a Rússia para enfrentar desafios presentes e futuros.

Na sexta-feira, Lula terá a oportunidade de discutir a situação na Ucrânia, após suas tentativas anteriores de promover um plano de paz. Xi também abordará o conflito e as relações com os EUA durante outra reunião com Putin na quinta-feira.

A reunião acontece em um cenário de estagnação nas tentativas de paz na Ucrânia e em meio à guerra comercial entre Washington e Pequim. O Kremlin rejeitou uma trégua de 30 dias proposta por Kiev, optando por um cessar-fogo unilateral de três dias, que foi descartado pela Ucrânia.

O assessor diplomático do Kremlin, Yuri Ushakov, anunciou que Xi e Putin emitem duas declarações conjuntas: uma sobre relações bilaterais e outra sobre “estabilidade estratégica mundial”. Em um artigo, Xi pediu a rejeição de perturbações na amizade sino-russa e enfatizou a cooperação para construir um mundo multipolar.

Mais de uma centena de soldados chineses participarão do desfile, o que a Ucrânia considera um apoio ao “Estado agressor” russo. A Segunda Guerra Mundial, conhecida na Rússia como “Grande Guerra Patriótica”, causou mais de 20 milhões de mortes na antiga União Soviética. Putin enfatiza o papel do Exército como lutador contra o fascismo e faz paralelos entre a ofensiva na Ucrânia e a luta contra os nazistas.

A China se apresenta como um ator neutro no conflito, embora a proximidade com a Rússia tenha fornecido suporte econômico e diplomático. Em abril, o presidente ucraniano Zelensky acusou a China de fornecer armas à Rússia, mas Pequim negou qualquer envolvimento significativo.

Nos últimos anos, China e Rússia reforçaram seus laços, com Pequim se tornando o principal parceiro comercial da Rússia, especialmente em um contexto de sanções ocidentais. As empresas chinesas preencheram o vazio deixado pelo abandono de empresas ocidentais na Rússia, e as transações comerciais agora são majoritariamente realizadas em rublos e iuans.

O cenário geopolítico continua a evoluir rapidamente. O que você acha dessa aproximação entre as potências? Deixe sua opinião nos comentários!

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Apoiado por Trump: quem é Nasry Asfura, presidente eleito de Honduras

Nasry Asfura, empresário de direita, teve a vitória oficializada como presidente de Honduras na quarta-feira, 24 de dezembro de 2025. A vitória marca...

Arábia Saudita pede que separatistas do Iêmen deixem 2 províncias controladas pelos sauditas

A Arábia Saudita pediu formalmente em 25 de dezembro de 2025 que separatistas apoiados pelos Emirados Árabes Unidos no Iêmen, conhecidos como Conselho...

Zelensky agradece Casa Branca por ‘conversa muito boa’ sobre guerra com a Rússia

Washington, 17 de outubro de 2025. Zelensky agradeceu, em publicação no X, a conversa com Steve Witkoff, enviado especial da Casa Branca, e...