
O novo técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, chega em meio a uma tempestade na CBF, onde Ednaldo Rodrigues enfrenta três denúncias na Comissão de Ética. Os pedidos de investigação incluem seu afastamento e de parte da diretoria. Reportagens da Piauí e do portal Leo Dias, além de denúncias anônimas, embasam um pedido formal do vereador Marcos Dias (Podemos) ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que analisa casos de assédio e descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2021.
Uma segunda denúncia, feita pela deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), solicita o afastamento imediato de Ednaldo e a revisão de um acordo homologado pelo STF. Este acordo, que manteve Ednaldo no poder, está sendo contestado por laudos que questionam a assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, na época do acordo. Uma perícia realizada por Jacqueline Tirotti sugere a não identificação da assinatura periciada.
Além disso, um pedido de afastamento foi apresentado por Fernando Sarney, ex-dirigente da CBF, e negado por Gilmar Mendes, que pediu a investigação pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
A terceira denúncia, protocolada pelo deputado Sargento Gonçalves (PL-RN), alega uso indevido de recursos da CBF por Ednaldo, incluindo custeio de viagens e hospedagens de parentes de dirigentes. O parlamentar também questiona cortes em áreas estratégicas e falta de transparência nos pagamentos da entidade.
Aos 71 anos, Ednaldo foi reeleito presidente da CBF em março, com total apoio das federações e clubes. Contudo, a crise em torno do acordo que o sustentou no cargo e o anúncio de Ancelotti são vistos como vitórias políticas momentâneas.
Em um vídeo recente, Ednaldo agradeceu ao Real Madrid pelo “diálogo” e confirmou Ancelotti até a Copa do Mundo de 2026, enquanto o clube espanhol ainda não oficializou a transição.
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