Em uma noite fatídica, o policial civil Ricardo Soubhi Saba, de 45 anos, se viu envolvido em uma situação que mudaria sua vida para sempre. Em um hotel na rua Augusta, no coração de São Paulo, ele foi demitido após cheirar cocaína e espancar uma mulher de 45 anos que exercia a profissão de garota de programa. No desespero de escapar, a vítima pulou pela janela, deixando para trás um rastro de ferimentos e um corte na testa, resultados das agressões desferidas por Ricardo.
A demissão, assinada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, foi publicada no diário oficial na quinta-feira, 15 de maio. A história ganhou contornos trágicos quando, em seu depoimento, a mulher relatou que havia sido chamada por uma amiga para substituir uma acompanhante. A princípio, Ricardo parecia amigável, mas isso logo mudaria. Proveniente de uma balada na Vila Madalena, o policial estava alcoolizado, mas não manifestava agressividade imediata.
Conforme a noite avançava, ele começou a pagar pelos serviços da garota usando um cartão de crédito, enquanto consumia cocaína. Por volta das 8h da manhã, ela decidiu ir embora, diante da mudança de comportamento dele, que se tornara agressivo e se recusava a realizar novos pagamentos. Com essa decisão, desencadeou-se uma série de eventos que teriam consequências severas.
Após sair do hotel, a mulher fez uma ligação para o quarto, alegando ter esquecido um chinelo. Isso provocou a ira de Ricardo, que a acusou de roubar seu cartão de crédito. A mulher, temendo as consequências, retornou ao local. No reencontro, as agressões começaram. Ricardo desferiu tapas e chutes, empurrando-a escada abaixo. Em um ato desesperado, a garota pulou pela janela, buscando escapar da fúria do homem.
O policial não se conteve e, em um acesso de raiva, quebrou o nariz do proprietário do hotel com um soco exigindo acesso às câmeras de segurança, se identificando como agente de polícia. Capturado em flagrante, foi levado ao 78º Distrito Policial, onde teve um novo episódio tenso: ao ser solicitado a entregar a arma, Ricardo começou a ameaçar o delegado, declarando que sairia daquele lugar apenas “morto ou com sua arma” e prometendo retaliação.
A justiça não tardou a agir. No dia seguinte, Ricardo teve sua prisão convertida em preventiva, sendo indiciado por lesão corporal, constrangimento ilegal e desobediência. Contudo, a defesa do policial argumentou que ele teria sido vítima de um golpe conhecido como “boa noite Cinderela”, sugerindo que a garota de programa o drogou para roubar seus pertences. Eles afirmaram que Ricardo estava apenas tentando defender seu patrimônio, mas a justiça negou o pedido de relaxamento da prisão preventiva.
Esse caso traz à tona questões sérias sobre abuso de poder e as consequências do uso de substâncias, revelando uma narrativa perturbadora no contexto da segurança pública. O que você pensa sobre esse episódio? Deixe sua opinião nos comentários!
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