Moraes se irrita com ex-comandante do Exército em 1º dia de depoimentos da trama golpista: “Antes de responder, pense bem”

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No palco tenso do Supremo Tribunal Federal, o clima esquentou logo no primeiro dia dos depoimentos da trama golpista, quando o ministro Alexandre de Moraes interrompeu de forma incisiva o ex-comandante do Exército, Freire Gomes. O momento, carregado de expectativa, revelou o embate entre a busca pela verdade e a ambiguidade das palavras.

Ao questionar Freire Gomes sobre o papel do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santo, Moraes não hesitou: “Quero advertir a testemunha. Aqui, diante do STF, não há espaço para omissões. Este é um tribunal onde a verdade deve prevalecer, e um general com sua experiência deve estar preparado para responder sem hesitações.” Seu tom firme ecoou entre os presentes, deixando claro que a situação exigia mais do que palavras vagas.

A tensão aumentou quando Freire Gomes começou a mudar sua posição em relação ao depoimento anterior dado à Polícia Federal. Ele se viu no foco do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que questionava a atitude de Garnier em relação ao plano golpista de Bolsonaro. O ex-comandante, dividido entre a lealdade e a verdade, começou a se retratar de suas declarações passadas, afirmando não se lembrar do que outros oficiais haviam dito durante suas reuniões com o presidente.

Moraes, não alheio à gravidade da situação, lembrou Freire Gomes das consequências legais em potencial ao fazer declarações contraditórias. A citação do artigo 342 do Código Penal, que prevê penas severas para o falso testemunho, foi ressaltada, evidenciando a seriedade do momento: “Antes de responder, pense bem. Se sua declaração à Polícia Federal foi categórica, a mesma deve ser aqui.”

A audição da testemunha não estava sendo transmitida ao público, mas o drama se desenrolava com a intensidade de um thriller. Com outros depoentes já ouvidos, como Clebson Ferreira de Paula Vieira e Éder Lindsay Magalhães Balbino, a audiência seguia, revelando um emaranhado de interesses, lealdades e verdades a serem desvendadas.

A dinâmica tensa desses depoimentos é um lembrete contundente das ramificações profundas e complexas que cercam a política nacional. Qual é o papel da verdade quando a lealdade é testada? Convidamos você a compartilhar sua opinião sobre os desdobramentos dessa audiência. O que você pensa sobre as declarações do ex-comandante e o papel da justiça nesse contexto? Vamos conversar!

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