Dólar fecha a R$ 5,64 com quadro fiscal dos EUA no radar; Ibovespa cai após renovação de recorde

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Nesta quarta-feira, o dólar encerrou a sessão cotado a R$ 5,6422, uma queda de 0,48%. O dia foi marcado por um cenário de correção na Bolsa, com o Ibovespa recuando desde a abertura e fechando na casa dos 137 mil pontos, após a primeira vez que ultrapassou os 140 mil.

A desvalorização da moeda norte-americana se alinha a um quadro global de esfriamento, principalmente devido a preocupações fiscais nos Estados Unidos. Apesar do recuo de 8,71% do dólar em relação ao real em 2025, cautela ainda permeia o mercado brasileiro, onde um cenário de juros altos oferece suporte, mas receios fiscais limitam apostas no fortalecimento do real.

CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Dólar cai e fecha a R$ 5,66 com Copom e acordo comercial entre EUA e Reino Unido

O comportamento da moeda esteve em evidência, com valores que variaram entre R$ 5,6780 e R$ 5,6407 ao longo do dia. Investidores estão atentos ao relatório sobre despesas e receitas do governo, que deve ser divulgado amanhã, e que promete trazer à tona novas contenções de gastos, gerando incertezas sobre futuras despesas sociais.

No cenário internacional, as bolsas americanas caíram mais de 1%, refletindo também o aumento nas taxas dos Treasuries. O rebaixamento do rating dos EUA pela Moody’s e o plano de cortes de impostos da administração Donald Trump geram preocupação com o déficit público, impactando ainda mais o clima nos mercados.

Ibovespa

Após um dia histórico, o Ibovespa recuou para os 137.881,27 pontos, uma queda significativa de 1,59% e o maior percentualmente desde 4 de abril. As ações de grandes bancos e da Vale sentiram a pressão, enquanto o mercado aguarda novas informações da reforma do setor elétrico, recentemente abordada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, a Análise do setor energético trouxe à tona preocupações quanto à antecipação da abertura do mercado livre de energia. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que essa mudança, que promete beneficiar mais de 100 milhões de cidadãos, será implementada em junho de 2026, mas sua viabilidade ainda gera discussões entre os principais players do setor.

O ambiente global impacta os ativos brasileiros e continuará a influenciar decisões de investimento. O alerta é claro: mantenha-se informado sobre as mudanças que se aproximam no cenário financeiro.

E você, como avalia essas flutuações do mercado? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo!

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