Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) transforma o debate sobre a reforma administrativa em um verdadeiro palanque eleitoral. Ao criar um grupo de trabalho que reúne deputados de diversas vertentes, ele proporciona uma plataforma para que tanto a esquerda quanto a direita se posicionem sobre um tema crucial.
Contudo, a expectativa entre os parlamentares é de que, devido à proximidade das eleições, não há chance de que essa proposta seja votada antes do fim da legislatura. Muitos acreditam que, no fim das contas, o grupo servirá mais para discursos do que para decisões efetivas.

Nesse cenário, o colegiado se tornará um espaço onde a esquerda defenderá a preservação dos direitos dos servidores públicos, parte significativa de seu eleitorado, enquanto a direita argumentará a favor do enxugamento do Estado. Ambos lados buscam capitalizar a atenção do público nesse palco, que tensiona as discussões sobre gestão pública.
A ambição de Motta é clara: almeja que a reforma administrativa se torne um dos legados de seu mandato na presidência da Casa. Se reeleito deputado, ele também planeja buscar uma nova candidatura à liderança da Câmara.
O novo grupo de trabalho foi anunciado em uma sessão deliberativa, tendo sido um pedido do deputado Zé Trovão (PL-SC). O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) será o coordenador do colegiado, que busca replicar o sucesso do grupo da reforma tributária, que conseguiu avançar com uma proposta para votação no Congresso.
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