Em uma votação simbólica realizada nesta quarta-feira (28), o Senado aprovou um projeto de lei que promete transformar o cenário do funcionalismo público. Esta proposta, de autoria do governo federal, agora aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que não sofreu alterações durante os trâmites no Senado.
O projeto visa não apenas reajustar salários, mas também reestruturar as carreiras dos servidores do Executivo federal. Propondo aumentos salariais diferenciados, ele reorganiza critérios para avanço profissional, transforma cargos e unifica a concessão de gratificações para servidores ao se aposentarem.
Estão previstos novos salários para os anos de 2025 e 2026, respeitando as características de cada categoria. Os reajustes ocorrerão em duas etapas: o primeiro já foi efetivado em maio, retroativo a janeiro, enquanto o segundo está agendado para 1º de abril de 2026. Essa abordagem gradual busca atender as diversas realidades do funcionalismo.
Os aumentos não serão iguais para todos; cada categoria terá seu reajuste baseado em um processo negocial que considera as diretrizes do governo e a política remuneratória. Cargos de Comissão (CCE) e funções de Confiança (FCE) terão reajustes que variam de 9% para iniciantes a impressionantes 69% para os níveis mais altos, com salários podendo chegar a R$ 31.919 até 2026.
Para delegados no fim da carreira em ex-territórios, a expectativa é que seus salários aumentem de R$ 33.721 para R$ 41.350, gerando um incremento significativo de 24% em dois anos. Já servidores de carreiras com subsídios equivalentes, como diplomatas e auditores, receberão uma melhora de 23%, com o salário final chegando a R$ 36.694 em 2026.
Voltando o olhar para os educadores, professores de instituições federais em dedicação exclusiva com doutorado terão um incremento de 17%, passando de R$ 22.377 para R$ 26.326 nos próximos dois anos.
Além dos reajustes, o projeto cria uma nova forma de progressão de carreira, introduzindo uma aceleração para técnicos de universidades, que deverão ser aprovados em um programa de avaliação a cada 12 meses. Ao conseguirem certificações compatíveis com suas funções, servidores podem até aumentar seu vencimento em até 75% após concluir doutorado, mesmo que em áreas indiretamente relacionadas ao cargo.
A proposta também gera novos postos de trabalho, criando duas novas carreiras de nível superior: a Carreira de Desenvolvimento Socioeconômico e a Carreira de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa. Com a conversão de quase 15 mil cargos vagos, o governo planeja estabelecer 15.670 novas posições, incluindo tanto funções comissionadas quanto efetivas, sem aumentar os gastos. Serão 6 mil novos analistas em educação e 4 mil técnicos, atendendo uma demanda crescente.
O impacto orçamentário dessa ambiciosa proposta está estimado em R$ 17,9 bilhões para 2025, aumentando para R$ 26,7 bilhões em 2026 e chegando a R$ 29,1 bilhões em 2027. Essa reestruturação não apenas melhora as condições de trabalho dos servidores, mas também busca uma administração pública mais eficaz e motivada.
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