Dólar recua apesar do ruído com IOF; Ibovespa cai aos 138,5 mil pontos

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Na quinta-feira, 29 de maio, o mercado financeiro brasileiro viveu momentos de volatilidade, mas com desfechos surpreendentes. O dólar, apesar de toda a agitação política causada pelas indefinições sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), encerrou o dia em queda de 0,50%, ficando cotado a R$ 5,6670. Durante o dia, a moeda americana atingiu a mínima de R$ 5,6431. No mesmo dia, o Ibovespa também registrou queda, fechando com uma leve baixa de 0,25% aos 138.533,70 pontos.

A movimentação do dólar não pode ser dissociada do cenário global. A decisão do Tribunal de Comércio dos EUA em suspender tarifas comerciais instauradas pela administração Trump trouxe um respiro ao mercado, indicando uma possível moderação nas tensões diplomáticas. Isso, combinado com uma trajetória de queda do dólar frente a outras divisas, favoreceu o real. Analistas mencionam que a entrada recente de capital externo em ativos de renda fixa, como as NTN-F, reforçou essa tendência.

Na esteira desse contexto, os mercados locais reagiram a novas informações sobre o emprego. A taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre encerrado em abril, refletindo uma melhora significativa. O Caged de abril, que já apresentava números favoráveis, culminou em um ambiente de otimismo, embora o Ibovespa tenha enfrentado um dia com mais nuvens do que sol. Apesar da retração do dólar, ações de gigantes como Petrobras e dos principais bancos não conseguiram manter sua força, pressionando o índice para baixo.

Enquanto o ambiente externo parecia promissor, economistas alertam sobre as incertezas políticas internas, especialmente em relação à questão do IOF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que não há alternativas imediatas para o aumento do imposto, enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, propôs um prazo para o governo apresentar soluções. Esse embate no Congresso pode influenciar diretamente a confiança dos investidores.

O cenário da Bolsa é um reflexo dessa complexidade, onde, apesar de forças contrárias impactando as principais ações, a Vale conseguiu uma leve valorização. As utilities, por sua vez, brilharam positivamente. Entretanto, o destaque negativo ficou com ações como Azul e Magazine Luiza, que enfrentaram quedas acentuadas. Para investidores e observadores do mercado, cada dia revela um novo capítulo, recheado de desafios e oportunidades.

Estar informado é crucial para navegar em tempos de incerteza. O que você achou dessas movimentações do mercado? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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