Farra do INSS: Nelson Wilians cita honorários adiantados de alvo da PF

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Em meio ao turbilhão das investigações da Polícia Federal sobre um esquema bilionário de fraudes contra aposentados do INSS, o advogado Nelson Wilians se vê no centro das atenções. Relatos indicam que suas transações com o empresário Maurício Camisotti, um dos principais alvos da operação, podem ultrapassar os R$ 15 milhões, levantando sérias suspeitas sobre sua conduta.

Informações recentes sugerem que a PF conseguiu apreender documentos que podem confirmar operações financeiras ainda mais substanciais entre eles. Wilians justifica essas movimentações como antecipação de honorários advocatícios, uma prática que não é comum e que levanta questões sobre a transparência do advogado diante das autoridades.

O escândalo foi inicialmente trazido à luz por publicações do Metrópoles, em uma série de reportagens que resultaram na abertura de inquérito pela PF e na mobilização da Controladoria-Geral da União. A Operação Sem Desconto, que aconteceu em abril, culminou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e na saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Wilians, que anteriormente trabalhava para a Prevident—outra entidade ligada a Camisotti—já havia enfrentado outras batalhas judiciais. Em 2019, no governo Bolsonaro, seu contrato com o Geap foi rescindido sob a alegação de prejuízos, levando a uma série de disputas legais que se estendem até hoje.


Movimentações Financeiras Atípicas

  • O Metrópoles revelou que Wilians foi alvo do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) devido a movimentações financeiras suspeitas, incluindo as transações com Camisotti.
  • Entre 2019 e 2024, o escritório de Wilians movimentou impressionantes R$ 4,3 bilhões em operações suspeitas.
  • Só no auge do escândalo, entre outubro de 2023 e julho de 2024, foram R$ 449 milhões recebidos em contas bancárias associadas ao advogado.
  • O Coaf também reportou que Wilians pagou R$ 15,5 milhões a Camisotti, um cliente que teve um papel central no esquema investigado.
  • A Ambec, entidade que Wilians defendia, viu sua arrecadação de R$ 135 mil mensais disparar para R$ 30 milhões em um ano, evidenciando a magnitude do problema.

Caminhos da Justiça

Após o início da Operação Sem Desconto, Wilians procurou a PF, querendo esclarecer sua posição e as transações realizadas. No entanto, seu contato com a delegacia deixou muitas perguntas no ar, uma vez que ele não estava oficialmente sendo investigado e acionou os investigadores antes mesmo de ser intimado.

Wilians, conhecido por seu estilo de vida luxuoso, parece estar tentando se distanciar de qualquer association com as fraudes, apesar de sua relação prévia com Camisotti e as entidades envolvidas no caso.

NELSON WILIANS E MAURICIO CAMISOTTI EM EVENTO DO GRUPO TOTAL HEALTH METROPOLES

Defesa de Nelson Wilians

Em resposta às acusações, a assessoria de Wilians declarou que, devido ao vazamento de informações sigilosas, “os valores mencionados são compatíveis com a atuação do escritório”. Segundo a nota, o escritório não está sob investigação e as transações são legítimas e privadas.

O que diz Maurício Camisotti

A defesa de Camisotti nega qualquer envolvimento nas fraudes e menciona que o empresário está tomando medidas para demonstrar a legalidade de suas operações. Afirmam que suas relações com Wilians se limitam a negócios privados, sem vínculos com as atividades fraudulentas.

O desdobramento desses eventos terá um impacto significativo tanto no setor financeiro quanto na confiança do público no sistema previdenciário. O que você acha que deve acontecer a seguir? Compartilhe sua opinião!

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