Confinamento, cal e luvas: granjas entram em alerta contra gripe aviária

Publicado:

O Rio Grande do Sul acendeu um sinal de alerta no setor avícola ao confirmar o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial. Com a ameaça do vírus Influenza A (H5N1), avicultores do Distrito Federal estão reforçando medidas sanitárias para proteger seus plantéis e evitar a disseminação da doença na região central do Brasil.

A inquietação cresceu com o surgimento de aves silvestres mortas, incluindo um pombo e um irerê, no Zoológico de Brasília. Embora não fizessem parte do plantel do parque, o zoológico foi fechado temporariamente para investigação das causas das mortes, reafirmando a seriedade da situação.

A avicultura é uma das principais atividades agropecuárias do Distrito Federal, com 184 granjas e cerca de 10 milhões de aves em cativeiro. Em 2024, esse setor movimentou cerca de R$ 1 bilhão e gerou aproximadamente 5 mil empregos, destacando sua relevância econômica.

Para impedir a propagação do vírus, o governo brasileiro intensificou o monitoramento em todo o território nacional. A ênfase está nas áreas com a presença de aves migratórias e criadouros comerciais. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) afirma que o vírus não é transmitido pelo consumo de aves ou ovos, limitando o risco apenas a quem tem contato direto com aves infectadas, sendo este risco considerado muito baixo.

Diante dessa ameaça, o governo do Distrito Federal prorrogou a situação de emergência zoossanitária por 630 dias, buscando intensificar ações de prevenção à gripe aviária. Eventos que reunam aves na capital também foram suspensos por 90 dias, conforme estabelecido pela Portaria nº 176.

Granja Gema do Cerrado: O Empreendimento Cuidado

Localizada no Núcleo Rural Monjolinho em Ceilândia, a Granja Gema do Cerrado, gerida por primos desde 2017, destaca-se pelo comércio de ovos caipiras. Com um plantel de quase 3 mil galinhas, a produção diária varia entre 1,8 mil e 2 mil ovos, com entregas regulares em toda a região.

Como medida de proteção, as aves foram confinadas em galpões para evitar contatos com aves silvestres. Contudo, isso não impediu que a granja mantivesse sua abordagem ética e aberta ao público, recebendo visitantes para orientações sobre manejo. “Prevenir a contaminação é essencial. A perda de um lote seria devastadora”, destaca Ney Fábio Borges dos Santos, um dos sócios.

A Granja Tia Malu, também em alerta, implementou medidas rigorosas como a aplicação de cal virgem nas entradas e saídas e o uso de EPIs. Bebedouros e comedouros foram retirados do pasto para limitar o acesso das aves a alimentos. Com 2 mil galinhas em diferentes fases de postura e 900 pintainhas, a produção média chega a 900 ovos diários.

A Seagri do DF conta com um Plano Integrado de Emergência para a Influenza Aviária, que estabelece diretrizes para atuação rápida em caso de suspeita da doença. A regulamentação busca mitigar riscos e preservar a saúde pública, especialmente em áreas com alta circulação de pessoas.

Enquanto o Brasil investiga 11 casos suspeitos de gripe aviária em diferentes regiões, é vital que todos os criadores mantenham suas aves em áreas protegidas. O setor é crucial para a economia local, e a avicultura precisa se manter saudável para garantir a segurança alimentar. A proteção e o cuidado dos animais são fundamentais para o futuro desse segmento.

Quer saber mais sobre como contribuir para a segurança das granjas? Compartilhe suas ideias nos comentários e vamos discutir juntos!

“`

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Mestre do disfarce: grupo usa escolta armada para transportar muamba

A Pol?icia Federal (PF) lançou, na manhã desta terça-feira (7/10), a Operação Escolta Ilícita para desmontar um esquema que utilizava veículos de segurança...