Em uma tragédia que chocou a cidade de Santos, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o sargento da Polícia Militar, Samir Carvalho, por feminicídio após o brutal assassinato de sua esposa, Amanda Carvalho, e por tentativa de homicídio contra a filha de apenas 10 anos. No dia 7 de maio, Samir invadiu uma clínica de dermatologia e, em um ato de extrema violência, disparou três tiros e desferiu 51 facadas em Amanda. Sua filha, atingida duas vezes, teve a sorte de sobreviver.
O promotor Fabio Fernandez, em sua denúncia formal apresentada à Justiça no dia 23 de maio, pleiteou uma condenação que pode levar o PM a uma pena de até 70 anos de prisão. O caso é agravado pelas circunstâncias em que o crime foi cometido, incluindo o uso de um meio cruel e a presença da criança durante o ato violento, além de envolver o uso de uma arma de fogo de uso restrito.
Fernandez sublinha que o sargento premeditou o crime, motivado por ciúmes infundados em relação à esposa. De acordo com depoimentos, Samir apresentava um comportamento agressivo e controlador, que incluía ameaças e agressões anteriores a Amanda.
As investigações da Polícia Civil revelaram que Samir se sentia ameaçado por uma suposta traição, que nunca foi comprovada. A reconstituição do crime, realizada em 22 de maio, evidenciou sua intenção de cometer o ato, já que ele chegou à clínica armado, confirmando assim a premeditação.
A tragédia teve início quando Amanda, acompanhada da filha, entrou na clínica com o tom calmo, mas em um momento revelador, informou à recepcionista que estava sendo ameaçada pelo marido, que se encontrava armado. Alertada, a funcionária chamou a polícia, enquanto o médico presente se apressou em trancar o consultório para proteger as duas. Porém, a situação rapidamente se agravou.
Quando os policiais chegaram, encontraram Samir fora da clínica. Eles realizaram uma pré-averiguação, acreditando que ele estava desarmado, pois ele levantou a blusa. Assim, permitiram que o médico abrisse a porta do consultório. No entanto, ao entrar, o sargento rapidamente pegou sua arma de uma sala vizinha e disparou contra Amanda, que morreu no local.
Além das acusações, a defesa de Amanda deveria receber uma indenização de no mínimo R$ 100 mil para seus herdeiros, enquanto a filha teria direito a R$ 50 mil para ajudar em sua recuperação e suporte psicológico.
Amanda Carvalho, uma mulher de 42 anos, era mãe de três filhos e levava uma vida ativa nas redes sociais, onde frequentemente compartilhava momentos de felicidade com a família. Ela era sócia de uma empresa de logística e tinha uma paixão pelo vôlei, tendo fundado um time na companhia onde trabalhava.
O impacto desse crime violento ressoa não apenas na vida da família de Amanda, mas em toda a comunidade, que se une em solidariedade e reflexão sobre a necessidade de enfrentar a violência contra as mulheres. Que lições podemos extrair dessa tragédia? Sua opinião é importante: deixe seu comentário e compartilhe suas reflexões sobre como podemos transformar esta dor em ações que previnam futuros casos semelhantes.

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