O Brasil enfrenta uma crise alarmante de violência sexual. Em 2023, as estatísticas revelaram 83.988 casos de estupro registrados pela Polícia Civil, um aumento impressionante de 91,5% em comparação aos 43.869 casos reportados em 2011. O cenário é ainda mais angustiante quando observamos que 76% das vítimas são pessoas em situação de vulnerabilidade, predominantemente crianças e adolescentes. A cada hora, sete novos casos de abuso sexual contra menores são contabilizados no país.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, serve como um chamado urgente para a sociedade. Diante desse retrato cruel, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) lançou campanhas de conscientização com a mensagem “Se você repara, deve ajudar a parar”, visando alertar a população sobre os sinais de violência sexual e encorajar denúncias. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, 61,7% dos abusos são cometidos por familiares ou conhecidos, ocorrendo principalmente dentro do lar.
Em 2024, a Bahia registrou 33.761 denúncias de violações de direitos humanos, com 13.740 envolvendo crianças e adolescentes, incluindo crimes sexuais. Até 5 de maio de 2025, foram contabilizadas 568 denúncias de estupro de vulnerável, colocando o estado em quinto lugar no ranking nacional nessa triste estatística.
Denunciar esses crimes é um passo fundamental. As denúncias podem ser realizadas pelo Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, ou pelo Disque 127, que atende a Promotorias de Justiça em todo o estado. Os processos tramitam em segredo de justiça para proteger as vítimas.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ressalta a importância de pais e responsáveis estarem atentos a mudanças de comportamento e humor em crianças e adolescentes. Acompanhar suas interações sociais e relatar práticas suspeitas de violência infantojuvenil, mesmo em ambientes virtuais, é essencial para garantir a proteção dos mais vulneráveis.
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