João Neto, advogado baiano, fez declarações contundentes após ser punido temporariamente pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele foi suspenso por 90 dias, em uma decisão unânime da Turma Especializada, após uma investigação ética-disciplinar previamente à sua prisão, que durou 29 dias, devido a acusações de agressão contra a namorada.
Em um vídeo impactante, compartilhado em suas redes sociais, Neto criticou a suspensão, questionando se sua origem e cor influenciam na percepção pública e profissional. “Esse negro aqui vai continuar vivendo bem, comprando o que quiser. Não me impedirão”, afirmou, ligando a penalidade ao preconceito racial. Ele também se indagou sobre a proteção que outros advogados parecem receber em casos graves, sugerindo uma desigualdade nas decisões da OAB.
A comunicação da OAB esclareceu que a suspensão não está diretamente relacionada às acusações de agressão, mas ao comportamento do advogado nas redes sociais, considerado incompatível com a ética esperada da profissão. A decisão, publicada no Diário Eletrônico da entidade, entrou em vigor exatamente no dia da liberação de Neto da prisão.
Enquanto isso, o advogado se mantém ativo em suas plataformas digitais, afirmando que não pretende se afastar de suas atividades. A situação de João frisa a complexidade de se lidar com questões éticas e a percepção de desigualdade que permeiam a esfera jurídica.
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