A tensão entre a APLB Sindicato dos Professores e a prefeitura de Salvador está longe de uma resolução. Nesta última sexta-feira, 17 de maio de 2025, o coordenador-geral Rui Oliveira reiterou que a greve da rede municipal de professores permanecerá em vigor até que uma proposta satisfatória de reajuste salarial seja apresentada. Oliveira esclareceu que as alegações da gestão Bruno Reis (União Brasil) a respeito do aumento salarial fragmentado não refletem a realidade dos educadores na cidade.
Os professores apontam que a determinação federal do piso salarial para o magistério, que estabelece o mínimo de R$ 4.867 para uma jornada de 40 horas semanais, não está sendo respeitada. Oliveira destacou que a proposta da prefeitura, que soma gratificações ao salário base, não atende à demanda. “Professores com doutorado, por exemplo, chegam a receber apenas R$ 3.000”, lamentou, reforçando a grande defasagem em relação ao piso nacional.
Desde o início da greve, a prefeitura admitiu, inicialmente, a falta de recursos. Com a pressão crescente, apresentou um aumento de 6,27%, mas essa proposta não foi aceita pela categoria, que agora se mobiliza para um novo protesto. No dia 19 de maio, a APLB organiza um evento na Praça Municipal, com um café da manhã sob o lema “Acorda, prefeito, pague o piso”, que contará com a presença de vereadores apoiadores da causa.
A última proposta divulgada pela gestão municipal indicava um reajuste dividido entre os níveis e referências dos professores. A expectativa do secretário municipal Alexandre Tinoco era de que essa oferta encerrasse a paralisação, mas o descontentamento da categoria sugere que a greve continuará até que haja uma nova negociação que realmente contemple os anseios dos educadores.
Qual a sua opinião sobre a situação dos professores em Salvador? Deixe seu comentário e participe dessa importante discussão sobre educação!
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