O impasse na votação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) desencadeou uma série de problemas, evidenciando a fragilidade da situação. A decisão de não apreciar o projeto tem causado um verdadeiro “congestionamento” nas votações de pautas do Judiciário, interrompendo a análise de outras propostas essenciais e impactando diretamente o funcionamento do sistema judiciário na Bahia.
Fontes ligadas ao governo do estado indicam que a lentidão no processo se deve a entraves financeiros significativos. O deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na AL-BA, confirmou que a apreciação do PCCV esbarra em desafios orçamentários. Além disso, há rumores de que o Executivo já pediu alterações ao TJ-BA com o intuito de readequar o impacto financeiro do projeto, embora os detalhes sobre essas mudanças ainda permaneçam obscuros.
Neste momento, o TJ-BA possui quatro projetos envolvendo questões financeiras em tramitação na AL-BA, todos aguardando a votação do PCCV. Eles incluem a reestruturação do PCCV, a criação de cargos comissionados e a implementação da Central de Cálculos Judiciais Fazendários, que, por sua vez, pode gerar um impacto financeiro de aproximadamente R$ 10,8 milhões até 2027. No entanto, esses projetos permanecem estagnados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Enquanto isso, o PCCV do Ministério Público da Bahia (MP-BA) também enfrenta obstáculos semelhantes, estando paralisado na AL-BA. Embora tenha sido enviado no final de abril, e pareça estar em melhores condições para aprovação, sua tramitação ainda depende da votação do PCCV do TJ-BA.
Diante desse cenário, os servidores do Poder Judiciário decidiram, em Assembleia Geral Extraordinária no dia 7 de maio, deflagrar uma Greve Geral por tempo indeterminado, afetando todas as comarcas do estado. A paralisação é uma resposta direta à morosidade na tramitação do PCCV, que foi enviado à Assembleia em agosto do ano passado, mas ainda não foi colocado em votação.
Recentemente, representantes dos sindicatos do Judiciário se reuniram com a presidente da AL-BA, Ivana Bastos (PSD), buscando formas de “descongestionar” as propostas na Casa. Durante esse encontro, a presidente do TJ-BA solicitou que o PCCV fosse votado conjuntamente com o projeto de criação de novos cargos. Com isso, na segunda-feira, o Sintaj entregou um ofício ao TJ-BA, requisitando uma audiência com a presidente Cynthia Resende para discutir os “ajustes necessários” à aprovação do Plano.
O futuro do PCCV e das votações no Judiciário da Bahia depende agora de decisões rápidas e eficazes, e cada dia perdido repercute não apenas na burocracia, mas também na vida de quem atua e depende do sistema judiciário. O que você acha das ações tomadas até agora? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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