O conclave inicia na quarta-feira (7), com 133 cardeais eleitores, com menos de 80 anos, reunidos na Capela Sistina para eleger o sucessor do papa Francisco, falecido em 21 de abril. Desde segunda-feira (5), eles estão hospedados na residência Santa Marta. Na manhã do primeiro dia, às 5h30 (horário de Brasília), os cardeais participam de uma missa solene na basílica de São Pedro. Mais tarde, vestidos com hábito coral, seguem em procissão para a Capela Sistina, onde fazem um pedido ao Espírito Santo e prestam juramento sobre o Evangelho.
Um ritual medieval é seguido, com a frase “extra omnes” pronunciada pelo mestre de cerimônia, encerrando a participação de outros presentes e fechando as portas. Os cardeais têm três dias para decidir. Se nenhum alcançar 2/3 dos votos (89 dos 133), haverá um dia de oração antes de uma nova votação. A eleição é regida pela constituição apostólica ‘Universi Dominici Gregis’, de João Paulo II, em 1996.
Primeiro Passo: Três cardeais são escolhidos como “escrutinadores”, três como “infirmarii” (para coletar votos de cardeais doentes) e três revisores para verificar a contagem. Os cardeais recebem cédulas retangulares com a frase “Eligo in Summum Pontificem” no topo. Eles escrevem o nome de seu candidato, evitando votar em si mesmos.
Segundo Passo: Cada cardeal, por turno, leva sua cédula ao altar, jurando em latim que seu voto é dado a quem acredita ser o eleito. O voto é depositado em um prato, deslizado na urna e reverenciado antes de retornar ao lugar. Aqueles que não conseguem se mover entregam seus votos a um escrutinador.
Terceiro Passo: Um escrutinador agita a urna, as cédulas são transferidas para um segundo recipiente e contadas. Dois escrutinadores anotam os nomes, e um terceiro os lê, furando as cédulas na palavra “Eligo”. Se ninguém alcançar os dois terços, novos votos são realizados. Presumem-se duas votações pela manhã e duas à tarde, até a decisão. As cédulas são queimadas a cada duas votações, e a chaminé da Capela Sistina indica os resultados com fumaça branca ou preta.
Quarto Passo: O eleito responde a duas perguntas do decano, aceitando sua eleição como Sumo Pontífice e escolhendo seu nome. Após esse gesto, os cardeais mostram respeito ao novo papa. O anúncio é feito do altar da basílica de São Pedro com as palavras “Habemus papam”, seguido pela bênção “urbi et orbi” do novo pontífice.
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