A IV Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Salvador terá como destaque a renomada Carla Akotirene, que abrirá o evento com uma palestra inspiradora. Marcada para a manhã de segunda-feira, 26, no Hotel Quality, no bairro do Stiep, a conferência aborda o tema “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”, promovendo um diálogo enriquecedor entre sociedade civil, poder público e movimentos sociais, com o intuito de fortalecer as políticas públicas voltadas à equidade racial.
Carla Akotirene, especialista em Políticas de Raça e Gênero, e Doutora em Estudos de Gênero, Mulheres e Feminismos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), traz uma vasta experiência em sua trajetória de luta por igualdade racial. Como militante, delegada em conferências anteriores e gestora pública, ela tem trabalhado incessantemente para a promoção de políticas inclusivas.
“Atuei como conselheira municipal na área de Educação na primeira gestão do Conselho da Comunidade Negra, além de contribuir na construção do Estatuto Municipal e na Secretaria Municipal da Reparação. Fui coordenadora do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra e participei do Programa Juventude Viva na esfera federal”, destaca Carla, revelando sua dedicação às causas sociais.
Em sua palestra, Carla aprofundará assuntos cruciais, como o processo de reparação histórica e a relevância da coleta do quesito Raça/Cor na formulação de políticas públicas. A efetivação do Estatuto da Igualdade Racial e as dimensões de transversalidade e intersetorialidade também estarão em pauta, assim como a reflexão sobre o marco da Conferência Mundial contra o Racismo, ocorrida em Durban, na África do Sul, em 2001, e seus desdobramentos oportunos na luta do movimento negro brasileiro.
“Sempre participei das conferências como delegada e agora, ter a oportunidade de abrir este evento é uma honra. Estou entusiasmada para dialogar com gestores públicos e movimentos sociais sobre políticas que realmente importam”, conclui a intelectual, reconhecida por seu ativismo e por obras como Interseccionalidade (2019) e Ó pa í, Prezada (2020), que se tornaram referência na compreensão das intersecções entre gênero, raça, classe e território nas estruturas de opressão.
O seu engajamento e as suas reflexões são fundamentais para a construção de um futuro mais igualitário. O que você acha sobre a importância desse diálogo na promoção da igualdade racial? Compartilhe suas opiniões!
Comentários Facebook