A deputada Carla Zambelli (PL-SP) manifestou, na quinta-feira (15), sua insatisfação com a condenação a dez anos de prisão, alegando ausência de provas e clamando por apoio da Câmara dos Deputados.
O STF decidiu que Zambelli deve perder o mandato devido à sua culpa por invasão ao sistema do CNJ e falsidade ideológica. O relator, ministro Alexandre de Moraes, juntamente com outros ministros, votou a favor da condenação, resultando em um placar de 5 a 0.
Zambelli, que nega as acusações, sustenta ser alvo de uma perseguição política. O caso ainda permite recurso no STF, sendo que as penas só serão aplicadas após o trânsito em julgado.
A Procuradoria-Geral da República alegou que Zambelli planejou a invasão ao CNJ, com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, para emitir alvarás de soltura falsos e causar confusão no Judiciário. Em resposta às acusações, a parlamentar afirmou: “Seria muita burrice e não colocaria mandado em risco por uma brincadeira sem graça”.
Delgatti confessou, em depoimento à Polícia Federal, ter invadido o sistema do CNJ e inserido um falso mandado de prisão contra o ministro Moraes. As invasões aconteceram durante a disputa eleitoral entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) no final de 2022.
Informações sobre transações financeiras indicam que pessoas próximas a Zambelli repassaram R$ 13,5 mil a Delgatti, sugerindo um possível pagamento pelos serviços ilegais. O STF já havia decidido, em março, pela condenação de Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão, além da perda de mandato por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.
Recentemente, o TRE-SP cassou seu mandato por desinformação eleitoral durante a eleição de 2022, mas a decisão só terá efeito após a exaustão de recursos. Além disso, a tensão entre o STF e a Câmara dos Deputados aumentou, especialmente em relação ao caso Zambelli.
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